E esta não é uma cabine qualquer, é uma cabine telefónica transformada em biblioteca comunitária que fica em Lisboa (entre a Praça de Londres e a Avenida de Roma) e que visa promover a leitura e os laços comunitários dos moradores e não só. Se queres ler um livro é só ir até à biblioteca, escolher um livro, registar o nome e deixar outro livro para substituir o que levamos. É uma biblioteca à base da confiança e uma espécie de bookcrossing. Gostei da ideia e também quero uma cabine destas aqui na minha terra porque além de esteticamente bela, promove a cultura e ajuda-nos a poupar uns tostões!

Tivemos tão perto e perdemos... A história repete-se [pela segunda vez consecutiva perdemos a final da Liga Europa] e é desta forma que uma tristeza súbita invade qualquer benfiquista! 

Este livro surpreendeu-me pela positiva porque por minha iniciativa ou talvez ignorância nunca o tivesse lido, porque me foi emprestado e aconselhado por um ex-colega que vivia no seu mundo desilusão e porque desconhecia a sua excelente escritora, Colleen McCullough, autora de Pássaros Feridos. Tim, é um livro profundamente bem escrito, que narra uma história de amor impossível entre duas personagens bem distintas, Mary Horton, solteira e com cerca de quarenta anos, rica e solitária e Tim Melville, de vinte e cinco anos, bonito, com estatura atlética e atraente, mas com limitações intelectuais. Mary contrata o rapaz para trabalhar no seu jardim e o dois acabam por desenvolver um forte relacionamento, Mary acredita nas capacidades de Tim e ajuda-o a desenvolver a sua capacidade intelectual, por outro lado, Tim desperta nela algo que nunca sentiu, ela sente-se fascinada com ele e com o seu optimismo, a sua simplicidade e os seus sentimentos tão puros.  Mas, este é um amor controverso e polémico, além da diferença de idades, a deficiência mental do rapaz é uma barreira aos olhos dos outros. Inicialmente este romance pode até parecer estranho, sobretudo para aqueles que têm uma mente menos aberta, mas a forma como a autora desenvolve a história faz-nos aceitar este amor e perceber que todos nós temos direito à felicidade e a viver um grande amor, independentemente da idade e da capacidade física ou intelectual. É uma história bonita que aconselho vivamente a ler!

Sabe mais aqui!

O que me diz este livro [6]

...mas, não era a mesma coisa! Se o telemóvel toca e no visor vejo a palavra "CRECHE", o meu coração dispara [para quem gosta de adrenalina e sensações vertiginosas, não há melhor]. Se estou reunida com colegas ou a terminar um trabalho urgente, aquela chamada passa a ser o EMERGENTE. Atendo e sinto um alívio súbito, ah era só isso, mas tem a certeza? A B. está bem, não está?

Só para que saibam, a mãe da princesa antes de dar à luz a B. ignorava completamente este objecto extraordinário - o telemóvel passava a maior parte do tempo no silêncio e abandonado, junto a tantos outros objectos extraordinários que habitam na mala de uma mulher. Agora, sempre que a mãe da princesa está longe dela, o telemóvel está bem visível e em grande destaque!

E é por isto e por outras tantas coisas mais que já percebo porque é que o coração de mãe não descansa, é porque está sempre alerta!

"A verdadeira felicidade está na própria casa, entre as alegrias da família."

 Lev Tolstoi

Citação da semana [21]

No domingo foi dia da mãe e hoje foi dia de "festejar" os 9 meses da princesa B. que caminha a passos largos para os 12. Ok, eu prometi a mim mesma que não iria repetir a deixa de sempre, mas é inevitável porque o tempo passa mesmo muito depressa quando se tem filhos. Assim, a B. que ainda ontem nasceu com 49cm e 3,410kg, hoje está perto dos 9kg e já tem 72cm. Mas, o mais mágico de tudo é perceber nela a sua personalidade, afinal, com quem é que ela se parece? É traquinas, divertida, um tanto teimosa, já sabe o que quer e é persistente nos seus objectivos, enquanto não começou a gatinhar não descansou e agora já consegue levantar-se sozinha, a custo, agarra-se aquilo que encontra, balança um pouco e acaba por cair de joelhos. 

E com 9 meses a princesa B gosta de lavar os dentes, gosta de passear e ver gente, gosta de estar sempre ao pé dos pais, gosta de bolacha Maria e pão, gosta de tomar banho e gosta muito que brinquem com ela. Mas, não gosta da areia da praia, muito menos da água gelada do mar [factos baseados na única experiência que teve até agora], não gosta de adormecer, não gosta que a deixem no parque, não gosta de estar sozinha, não gosta de andar com sapatos [mas adora morde-los]. 

Parabéns princesa B.!