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A Princesa da Casa

Por aqui escreve-se sobre fatos reais, rotinas diárias e histórias imaginárias!

A Princesa da Casa

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Maternidade [18 ]: A decisão de ser mãe.

24.03.14

Ser mãe é um desejo de quase todas as mulheres. Mas hoje em dia, esse desejo deixou de ser prioritário e vai sendo adiado ano após ano. Aconteceu comigo e acontece com muitas outras mulheres. Actualmente, as mulheres têm outros objectivos, outras realizações, no campo pessoal, profissional, social e financeiro. A emancipação da mulher e a evolução dos meios anticoncepcionais fazem da nossa sociedade, a sociedade do filho único e tardio. Abriu-se um novo horizonte para a mulher, felizmente. A nossa vida já não se restringe ao casar, ter filhos e cuidar da casa, vai muito mais para além disso! E é claro, multiplica-se o trabalho, mas também se multiplicaram os privilégios e as conquistas!

Ser mãe é um desejo que mais tarde ou mais cedo queremos concretizar - assim que o relógio biológico chama por nós, temos que tomar uma decisão. Aquele projecto adiado passa a ser uma obsessão! Quando entrei na casa dos 25 anos, muitos me perguntaram -"Para quando o bebé? -  e à medida que os anos avançaram a pergunta tornou-se demasiado repetitiva. Sempre soube que não iria ser mãe jovem, mas tinha uma única certeza, talvez por conhecer alguns casos extremamente difíceis, não queria passar muito para lá dos 30! Estudos mostram que as hipóteses de engravidar diminuem com a idade devido a inúmeros problemas ginecológicos. Talvez, com esta decisão, tenha adiado outros tantos sonhos e planos, é certo que poderia viajar mais, aprender mais, encontrar outras metas profissionais, mas ter um filho tornou-se prioritário. E com o seu nascimento reformulei os meus sonhos e os meus planos. Hoje, quando me perguntam qual a sensação de ser mãe, respondo: "É maravilhosa, se soubesse já o teria sido há mais tempo". Mas, no meu consciente sei que tomei a decisão na altura certa - na altura em que estava preparada para o ser!

 

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Maternidade [17]: a Amamentação

11.03.14

 

A amamentação é um assunto tão complexo e ao mesmo tempo tão interessante que poderia dar origem a uma qualquer tese de final de curso (e acredito que já deu). Sobre ela existem várias opiniões, algumas demasiado fundamentalistas. Há quem decide não amamentar sem sequer experimentar. Depois há quem simplesmente não amamente porque não pôde ou porque desistiu. E há quem amamente até aos dois ou três anos, e há quem amamente e sente um orgulho desmedido por esse facto e não aceita opiniões contrárias. Acho que quem não amamenta é livre de o fazer, é algo muito intimo da relação entre mãe e filho, e só a mãe saberá, melhor do que ninguém, o que deve ou não fazer.

Mas, o que pretendo com este post não é registar mais uma dissertação, até porque existem livros, sites, blogs e especialistas muito competentes nesta área, que explicam muito bem todo este processo e todos os benefícios da amamentação! Pretendo apenas registar aqui a minha experiência e opinião pessoal, até porque eu decidi amamentar!

Inicialmente a amamentação parece um bicho de sete cabeças. Primeiro porque o bebé pode não pegar correctamente, depois porque surge constantemente a dúvida do - será que tenho leite? O bebé está sempre a querer mamar, se calhar não tenho leite? Se calhar o bebé está com fome? Há também a questão da subida de leite, nos primeiros dias após o nascimento do bebé o nosso peito começa a ficar duro e a doer muito, então há todo um processo de massajar para evitar problemas. Além disso, durante o primeiro mês os nossos mamilos ficam doridos, podemos eventualmente ficar com feridas, e podem surgir mastites - isto acontece quando estamos a produzir muito leite e o bebé não é um bom sugador ou não está a conseguir chegar as todas as partes da mama. 

Mas, à parte de tudo isto, e após vários meses a amamentar, fico nostálgica quando penso no seu fim. É mais um elo que se quebra! Amamentar é um momento de ternura entre mãe e filho! Um momento único que só a mãe natureza nos oferece!

Mas, sinto-me feliz por o ter conseguido fazer até agora e por ter dado essa benesse à minha filha. É certo que a partir de determinada altura e porque as dúvidas do - será que tenho leite - começaram a ser permanentes, e porque a B. também bolçava o meu leite, introduzi o suplemento, mas também é certo que nunca desisti de lhe dar de mamar.

E o meu conselho para as mamãs que querem muito amamentar é nunca desistir! O bebé passa por uma fase em que quer estar sempre ao nosso peito e nessa altura pensamos que ele tem fome, mas não, ele quer apenas conforto e carinho e sabe que o tem quando está ligado a nós. Amamentar acaba por dar continuidade aos nove meses de gestação e acaba por adaptar o nosso bebé a este mundo tão diferente!

A amamentação pode ser complicada inicialmente, mas é uma experiência enriquecedora que aconselho vivamente! 

 

Imagem retirada do site http://www.minutosaude.pt

 

Maternidade [16]: A princesa B. e a iniciação à creche

24.02.14

Hoje foi o primeiro dia de creche da B. - primeira impressão - estranhou é claro, chorou, mas quando saímos ficou calma, ao colo da educadora.

Tentei ocupar-me durante as duas horas que ela ficou lá (sim, apenas duas horas, é melhor para ela...), mas foi inevitável, estava sempre a olhar para o relógio e  a pensar nela. Assim que voltei à creche, ansiosa por tornar a vê-la, a B. estava na espreguiçadeira, viu-me, fez beicinho (como quem diz "onde é que andaste?"), sonorizou um "mamã" (a sua primeira palavra), e acabou por sorrir!

Isto da iniciação à creche é mais complicado para as mamãs do que para as suas crias. Nós queremos sempre que elas estejam perto de nós, mas chegará o dia em que elas seguirão a sua vida. E afinal, é só uma fase... Mais uma.

Eu sei que até é bom para ela estar lá, tirando a parte das gripes e constipações. Eu sei que ela vai adaptar-se bem, fazer amiguinhos e aprender mais. E também sei que a vão tratar bem, que serão as segundas mães da princesa B., apesar de ficarmos sempre com uma restia de dúvidas em relação a isso. Eu sei tudo isto, mas, é difícil, faz parte de ser mãe!

 

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Maternidade [15]: A princesa B. e a crise

22.02.14

Parece que a B. está solidária com a crise. Andava a dormir tão bem à noite, mas nos últimos dias o caso complicou-se, acorda a chorar. Um choro cortante e angustiante. Depois de despistarmos todas as hipóteses que poderiam originar tal choro (fralda suja, calor, frio, dor, febre), rendemo-nos aos factos, a princesa B. entrou na crise da "separação ou angústia".

E o que é isto da crise? Andei a pesquisar sobre o assunto, segundo alguns entendidos, o bebé passa por 4 crises durante o primeiro ano de vida. Resumindo:

1) Período Simbiótico

Começa aos 3   meses. A partir deste   trimestre o bebé começa a perceber que a mãe não está ligada a ele. O bebé   percebe que precisa de chama-la para ter o que necessita e fica ansioso. O bebé fica   agitado, começa a dormir mal e por vezes deixa de querer mamar. Pode durar até quinze dias. Os pais devem   dominar a ansiedade e compreender que é uma fase pela qual o bebé precisa de   passar para crescer.

2) Formação do   triângulo familiar 

Ocorre entre os 5 e os 6   meses. Nesta fase o   bebé começa a reconhecer a figura do pai, até ao momento a mãe era a figura   mais importante da sua vida. O início da formação do triângulo familiar -   mãe/filho/pai - dá origem a mais uma crise. O bebé começa a   dormir mal, fica impaciente e o apetite diminui. Também é nesta fase que os   dentes podem começar a romper contribuindo para aumentar a agitação do bebé. Mais uma vez, o   conselho para os pais é o mesmo - muito amor e tranquilidade, pois a   ansiedade gera ainda mais ansiedade!

3) Separação ou   angústia 

Ocorre entre os 6 e 8 meses. O   bebé fica angustiado com a ausência da mãe, pensa que ela já não volta, começa a estranhar as pessoas que vê com menos frequência   e quer estar sempre ao colo da mãe! Nesta   fase o transtorno do sono é mais acentuado, durante a noite o bebé acorda   várias vezes a chorar - na cabeça dele quando a mãe apaga a luz e saí do   quarto, ele pensa que ela nunca mais volta! Esta crise pode durar entre três a quatro   semanas. Neste   período é necessário que o bebé encontre um objecto de transição que o acalme   e que esteja sempre com ele. Pode ser a chupeta ou um boneco. 

4) Dependência vs   independência

Começa quando a criança começa a andar. O bebé quer caminhar, ser independente, descobrir o mundo ao seu redor, mas   por outro lado precisa muito de colo e carinho. É esta ambiguidade que o   torna ansioso e agitado. O bebé agitado durante o dia, acorda várias vezes durante a noite e   começa a comer pior. Mais   uma vez, é preciso muito amor, muita compreensão e um ambiente seguro.

A boa notícia é que a princesa B. já vai a meio das crises , só falta uma. Mas, até quando? Não se esqueçam que ainda temos a famosa crise da adolescência e a crise da meia idade, etc.... Pois é, parece que as crises nos acompanham durante toda a vida.

A má notícia é que esta crise pode durar mais três semanas! Socorro! Resta-me aceitar esta fase e continuar a dar muito amor e apoio à B.. Afinal, tirando o transtorno no sono, ela continua a ser um bebé sorridente e encantador.

 

E como foi com os vossos filhos?

 

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Maternidade [11]: Sling - o melhor amigo das mamãs!

15.01.14

O sling, ou faixa de suporte, foi o melhor amigo cá dos pais da princesa B., sobretudo na altura das cólicas e das grandes birras de sono!

Quando a B. chorava, desesperada e os papás tentavam de tudo e nada resultava (colinho, mimos, música de embalar, secador de cabelo), nessas horas críticas só havia uma coisa que a acalmava - o sling! Digam o que disserem - "que é coisa de hippies", "que torna os bebés mimados" - esta faixa foi uma grande amiga e o melhor remédio para as crises de cólicas!

Além disse, o sling dá-nos liberdade, sobretudo naqueles primeiros dias em que não temos tempo para nada, nem para comer, porque o bebé não nos dá um minuto de sossego e de silêncio! Colocamos o bebé lá dentro, ele acaba por dormir e nós aproveitamos para fazer alguma coisa porque temos as mãos livres!

 

O meu sling é da Maria Café, feito à mão e 100% algodão! É muito resistente! No site podem escolher entre inúmeros padrões, giríssimos. Podem ainda optar por um sling de acordo com o vosso tamanho (S, M, L) ou um com tamanho regulável. Eu optei por um sling super discreto (azul) e com tamanho regulável para poder partilhá-lo com o papá da B.. Até porque o sling não é só para ser usado nos primeiros meses. Podemos usá-lo até quando as nossas costas disserem um basta! Vejam aqui as diferentes formas de utilizar o sling consoante os meses.

 

Algumas amigas mamãs disseram-me que o bebé delas não gostava do sling. Pois, os bebés são todos diferentes. Mas acho que o importante é não desistir de utilizar. Nem sempre corre bem à primeira! A B. também não gostou. Na segunda tentativa dei-lhe de mamar lá dentro, a partir daí sempre que a colocava no sling a B. ficava calminha e acabava por adormecer!

Os bebés sentem o cheiro e o calor da mãe, ouvem o batimento cardíaco e por momentos julgam que estão dentro da barriga da mãe outra vez!

 

Hoje a B. continua a adorar o sling! E vai continuar até as nossas costas aguentarem!

 

 

 

 

 

Maternidade [9]: Acabou-se a licença!

02.01.14

Acabou-se a licença!

E assim se passaram 150 dias... Num ápice!

O que inicialmente parecia árdua e dificil transformou-se em maravilhoso!

Os primeiros dias com a princesa B. foram extremamente complicados, é certo! Muito choro, muitas cólicas. A amamentação! A dúvida permanente de "será que tenho leite?". Uma sensação estranha de desespero e adaptação.

Mas rapidamente esses dias foram substituídos, esquecidos e transformados em sorrisos,conquistas e brincadeiras.

Que dias estes, tão plenos de felicidade e tranquilidade.

Agora, uma sensação de angústia invade o meu corpo, o meu coração!

Parece que depois de tantos meses ligadas vamos ter que nos separar B..

 

Mas a mãe ama-te muito e quer estar sempre ao teu lado.